A importância do planejamento financeiro

A importância do planejamento financeiro

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Empresas que consideram a instabilidade da economia no planejamento financeiro passam pelos altos e baixos do mercado com menores efeitos negativos.

A importância do planejamento financeiro

Um dos principais pilares para realizar um bom planejamento financeiro de uma empresa é a visão de futuro de seus gestores. Muito além das perspectivas de mercado e previsões de faturamento, o gestor deve estar atento a eventos que influenciam de forma global e local os negócios. 

Acompanhando a economia nos últimos anos, as empresas entraram em uma onda de instabilidade, dessa maneira a importância do planejamento financeiro fica cada vez mais evidente. “Desde 2020, os países vêm se adaptando a uma crise prolongada na economia repercutindo diretamente no planejamento e desenvolvimento das empresas. Estar preparado para reagir a vários cenários é fundamental, inclusive se prevenindo para situações que não estão no nosso radar. É isso o que torna uma empresa preparada para vencer os desafios”, destaca o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná (IBEF-PR), Ricardo Pereira.

Como prever esses acontecimentos?

Mas a principal angústia dos CFOs, que são os executivos responsáveis pelo planejamento financeiro, é de como prever esses acontecimentos. Respondendo a essa questão, o presidente do IBEF-PR aconselha: “como primeiro passo, devemos montar cenários com as situações que estão mais próximas da nossa realidade e com menor risco de previsão, como a evolução de alguns de nossos produtos no mercado, o relacionamento com clientes fiéis, a evolução das despesas e receitas tradicionais. No entanto, vivemos nos últimos dois anos em um ambiente de grandes incertezas, devido a pandemia, e agora o cenário macro apresenta grande nível de estresse, com a inflação e taxa de juros em alta e, mais recentemente, o início de uma guerra no leste europeu com possíveis grandes impactos nos mercados globais”.

Com isso, o segundo passo é criar cenários no planejamento em que várias dessas projeções sejam de grande estresse, como por exemplo, a sensibilidade aos preços das commodities, a variação cambial, a subida mais acelerada dos juros e, no limite, a escassez de insumos para a produção de sua empresa. “Como a sua empresa será impactada neste cenário? Como estará a liquidez neste momento agudo? É o momento de assumir grandes investimentos no meio destes cenários de grande risco?”, enumera Pereira ao mencionar as perguntas que devem ser feitas nesse momento. 

Por outro lado, comenta o presidente, a cautela e a criação de cenários não pode se transformar em uma “paranoia paralisante”. “Vale salientar que no meio de grandes crises é de onde surgem as grandes oportunidades. No planejamento, devemos considerar as oportunidades advindas destes cenários. O que podemos nos beneficiar da situação atual? Quais ações podem ser tomadas em liderança aos nossos competidores? Qual é o melhor posicionamento financeiro a se assumir previamente? E com as perguntas corretas, tentar entender o cenário que maximiza o valor da companhia, minimizando os maiores riscos sem perder a oportunidade de crescimento que as crises nos trazem”, acrescenta.

O presidente do IBEF-PR finaliza destacando que é preciso estar preparado. “Saber ler os sinais para agir rápido, com o monitoramento dos indicadores corretos, entendendo para onde está indo à realidade e como reagir a ela. Não adianta ter vários cenários no seu modelo e não conseguir ler o mercado e tomar as decisões corretas. Temos que estar 100% atentos a todos os sinais e ter exercitado e planejado quais ações devem ser tomadas, dependendo da evolução do mercado (micro e macroeconômicos)”. 

Para ajudar os CFOs neste ano de grandes incertezas, o IBEF-PR realizou junto ao Comitê de Finanças e com patrocínio de Gaia, Silva e Gaede Advogados, PwC Brasil e Valore Elbrus o primeiro evento do ano. Com transmissão online e vagas presenciais, ele aconteceu de forma hibrida no dia 10 de março e analisou quais fatores podem impactar a economia local. A discussão ficou por conta dos palestrantes Rogério Schmitt, analista de risco político da Empower Consultoria e colaborador da Fundação Espaço Democrático, e Álvaro Bandeira, sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais. Confira a cobertura do evento no nosso Instagram.

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