Capital de giro gestão eficiente pode manter negócios financeiramente saudáveis

Capital de giro: gestão eficiente pode manter negócios financeiramente saudáveis

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O CFO na Víqua Indústria Plástica Ltda e Coordenador do Comitê de Finanças do IBEF-PR, explica o que é capital de giro e a sua importância numa crise

O capital de giro nada mais é que o valor disponível no caixa de uma empresa para mantê-la ativa e de forma saudável no período em que trabalha para recuperar o investimento realizado em sua criação. Ou seja, é a verba que a empresa possui para arcar com as suas operações diárias. Ele recebe esse nome pois se trata do dinheiro que fica “girando” entre recebimentos e pagamentos. Em resumo, são os valores em caixa, no estoque, em contas a pagar e a receber e os custos que devem ser arcados pela companhia, como salários, pagamentos a fornecedores e tributações.

De acordo com relatório realizado pelo Sebrae, em 2022, “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, 78% das pequenas empresas no Paraná solicitaram novo empréstimo no ano passado. Segundo a instituição, um dos principais motivos para recorrer às instituições financeiras foi para obter capital de giro. Nesse mesmo cenário, segundo a pesquisa realizada pelo Serasa Experian, no ano passado, os micro e pequenos empreendedores foram os principais responsáveis pelo impulsionamento, com 3,1% de alta na busca por empréstimos, enquanto os negócios de médio e grande porte tiveram queda de, respectivamente, 5,8% e 2,3%.

O CFO na Víqua Indústria Plástica Ltda e Coordenador do Comitê de Finanças do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná – IBEF Paraná, Luciano Zanlorenzi, explica que o capital de giro, e a sua gestão, tem como objetivo buscar estratégias para a manutenção e equilíbrio dos ativos e passivos de uma empresa, independentemente de seu porte. É por meio do acompanhamento constante do comportamento do capital de giro da empresa que é possível tomar decisões estratégicas como expansão e investimento, por exemplo.

Para ele, a gestão do capital de giro é um dos maiores desafios dos empreendedores, mas no geral, é simples de ser aplicado. “Primeiro é preciso saber que quando falamos em gestão de capital de giro estamos falando em cuidar da relação entre o ativo circulante — que são todos os bens da companhia que, rapidamente, podem ser convertidos em dinheiro — e o passivo circulante — todas as obrigações financeiras de curto prazo (12 meses) que uma empresa possui —, e qual é o ciclo desse capital de giro, ou seja, o período que a sua empresa leva entre comprar dos seus fornecedores e receber dos seus clientes, entre outros”, declara.

Portanto, conforme o CFO explica, para manter esse recurso saudável é importante que seu prazo médio de pagamento seja maior que o seu prazo médio de recebimento, e ainda, ter um estoque ajustado com os níveis de vendas atuais.

Ademais, num momento de crise, ter um bom capital de giro se torna fundamental para a sobrevivência da companhia. Nesse momento, é hora de rever os prazos de pagamentos e recebimentos, a estrutura de custos do negócio e despesas, com o objetivo de adequá-las à atual situação. “Além disso, deve-se analisar a qualidade do estoque, atentando-se a itens há tempo sem movimentação, assim como a quantidade de matéria prima e produtos acabados estarem alinhados com o volume de venda”, afirma.

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