*Por Eduardo Neubern, CEO da TOTVS TECHFIN
Nos últimos anos, o Banco Central do Brasil vem realizando uma série de iniciativas e projetos em prol da inclusão, inovação e modernização do sistema financeiro do país através de um framework regulatório inteligente e do fomento à competição. Entre essas diferentes ações, sem dúvidas uma das que mais se destaca é a criação do PIX. Lançado em 2020, o sistema de pagamentos instantâneos que visa facilitar transações financeiras é considerado um sucesso por diferentes players do setor, já sendo inclusive objeto de estudo no mercado internacional.
Os números evidenciam o poder deste método de pagamento. Em outubro deste ano, o PIX bateu o surpreendente recorde de 168 milhões de transações em um único dia. Como uma empresa referência em serviços financeiros através de tecnologia e dados, aqui na TOTVS TECHFIN também observamos junto aos nossos clientes tendência de popularização crescente do PIX. Na comparação ano contra ano, o volume de transações de PIX na nossa solução TOTVS Pagamento Instantâneo cresceu impressionantes 174%, ou seja, quase triplicou de tamanho nos últimos 12 meses. Mas apesar de já ter se tornado uma realidade, sendo o meio de pagamento mais utilizado em número de transações, o PIX ainda é muito mais popular entre pessoas físicas do que entre empresas.
De acordo com o Bacen, de um total de 650 milhões chaves PIX cadastradas em agosto de 2023, apenas 31 milhões correspondem a CNPJs, enquanto as demais 619 milhões são de pessoas físicas. Outro dado recente que retrata esse cenário: ainda em agosto deste ano, enquanto 144 milhões de usuários pessoas físicas já haviam realizado uma transação via PIX em agosto de 2023, apenas 13.9 milhões de usuários pessoas jurídicas haviam feito o mesmo. Ou seja, se no dia a dia a população já experiencia o uso do PIX realizando transações de forma fluída e instantânea, a realidade é outra para o mercado B2B , especialmente entre as médias empresas.
Entre as diferentes razões para que a adesão ao PIX avance lentamente no mercado B2B estão as diversas barreiras enfrentadas pelas empresas neste tipo de pagamento. Uma das maiores é a complexidade, esforço e fricção no processo de conciliação e integração destas transações, estando muitas vezes acima do nível de maturidade tecnológica das companhias.
Além disso, o PIX não oferece serviços como o DDA (Débito Direto Autorizado), um grande facilitador na gestão de transações no dia a dia das empresas. Como consequência, muitas organizações ainda preferem manter seus pagamentos e transações por boleto, cartão de crédito, DOC/TED e até mesmo depósito em dinheiro.
Mas fato é que o PIX possui sim um grande potencial no mercado B2B, e para que ele seja explorado, a tecnologia pode ser uma grande aliada das empresas, contribuindo de maneira significativa para tornar a gestão financeira das companhias muito mais eficiente e produtiva.
Hoje, é possível incorporar transações via PIX ao ERP, garantindo uma gestão unificada dos pagamentos. Essa integração permite simplificar brutalmente processos burocráticos e trabalhosos, automatizando pagamentos para fornecedores, por exemplo; e ainda reduz custos com taxas de administração e possibilita mais liquidez ao negócio, que recebe o dinheiro na hora com a conciliação de pagamentos automática. Ou seja, economia de tempo e dinheiro para as empresas. Exemplos não faltam. Aqui mesmo temos um cliente varejista que em 12 meses já conciliou automaticamente quase 800 mil transações, sem necessidade de recurso dedicado a esta atividade. Só neste exemplo, a eficiência operacional soma R$136MM no ano.
Com a evolução da tecnologia e os novos produtos desenvolvidos – como PIX Parcelado e PIX Cobrança, que facilitam as transações entre pessoas jurídicas -, essa modalidade de pagamento certamente ganhará espaço entre as empresas. Esse caminho não será construído apenas por uma empresa isoladamente. Este é um trabalho que requer a mobilização de diferentes players do setor, desde instituições financeiras e fintechs até as empresas e o próprio Bacen, em prol do compartilhamento de conhecimento e investimento em tecnologia e modernização das organizações. Assim como já faz parte do dia a dia dos brasileiros, o PIX tem um enorme potencial para ser incorporado na rotina das empresas. Aquelas que souberem explorá-lo de forma estratégica vão conseguir se destacar frente à concorrência em um mercado cada vez mais digital e dinâmico. É o poder da tecnologia contribuindo com eficiência e produtividade para o crescimento da economia.
O diretor-executivo da TOTVS Curitiba, Fabiano Rodrigues de Andrade, destaca a importância dessa solução também para as empresas B2B. “Como bem posicionou Eduardo, o PIX é uma excelente solução B2C, mas que também vale muito para o B2B, só que ainda é preciso que as empresas deste modelo de vendas abram o olhar para mais essa facilidade, por isso nós da Totvs Curitiba temos apresentado aos nossos clientes as melhores opções, onde o ERP já faz todo o trabalho operacional e alcança grandes resultados para a área financeira”, finaliza.
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